PLANOS, PROGRAMAS E MEDIDAS SOCIOAMBIENTAIS NO LOTEAMENTO NOVA CAIERIAS FASE 5
As obras no LOTEAMENTO NOVA CAIEIRAS FASE 5 estão em ritmo acelerado assim como a implantação dos Programas Socioambientais.
Programa de plantio compensatório (TCCA)
Durante o primeiro semestre de 2018, foram finalizados os plantios compensatórios com espécies vegetais (mudas de árvores) da Mata Atlântica, desta forma, o empreendimento ganhou mais de 4.000 mudas!!
Mudas sendo plantadas.
As mudas de árvores foram plantadas em locais estratégicos, próximas ao curso de água existente no empreendimento, desta forma, garantem a manutenção do solo, a qualidade das águas e a biodiversidade local.
Desde o início dos trabalhos de plantio, há um acompanhamento das condições climáticas para garantir que as mudas florestais consigam sobreviver. Este processo é realizado através do monitoramento junto ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) através da interpretação de gráficos para a região de Caieiras.
Terreno sendo preparado para o plantio.
Cuidado com a limpeza e o crescimento das mudas.
Representação gráfica da Precipitação Acumulada na Região de Caieiras durante a semana do dia 01/09/2017 a 21/09/2017. Fonte: Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN).
Representação gráfica da Precipitação Acumulada na Região de Caieiras durante a semana do dia 11/09/2017 a 01/10/2017. Fonte: Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN).
Programa de resgate de animais e acompanhamento de animais
Foram realizados diversos avistamentos de animais dentro e no entorno da área do empreendimento. Algumas fotos estão “embasadas” pois foram conseguidas através de câmeras especiais instaladas -TRAP- que disparam quando existe movimento. As listas de espécies registradas são apresentadas de forma cumulativa, isto é, incluem os animais identificados durante os monitoramentos anteriores e os novos registros feitos no presente período. Parte das imagens capturadas através de armadilhas fotográficas e câmera fotográfica digital são apresentadas abaixo, seguidas das respectivas identificações e tabela de espécies por táxon.
Mastofauna
Um exemplar de um carnívoro silvestre não catalogado anteriormente foi registrado por uma das armadilhas fotográficas instalada na área de APP, e se trata de um felino do gênero Leopardus (Figura 1), totalizando assim doze espécies de mamíferos registrados até o momento. Este táxon inclui felinos silvestres como os gatos-do-mato e as jaguatiricas, que são espécies inseridas nas listas de espécies ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo e Brasil. Outras duas espécies (Cuniculus paca e Lontra longicaudis) estão incluídas na categoria “quase ameaçadas” no Estado de São Paulo, o que significa, segundo os critérios adotados por esta publicação: “quando sua avaliação quanto aos critérios da IUCN – International Union for Conservation of Nature – não o qualifica na categoria ameaçado, mas mostra que ele está em vias de integrá-lo em futuro próximo”.
Também através das câmeras TRAP, foi confirmada a presença constante das diferentes espécies de mamíferos silvestres previamente catalogados, como o quati, a paca, mão-pelada, tatú, esquilo, furão, gambá e o veado-catingueiro. No caso das últimas duas espécies, houve registros tanto na APP quanto na mata vizinha de animais fêmeas acompanhas por filhotes (Figura 2), o que reforça a importância destas áreas como refúgio e reprodução para espécies de mamíferos silvestres.
Tabela 1. Lista de mamíferos registrados na área do empreendimento
Figura 1. Leopardus sp.
Figura 2. Veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) com filhote (em destaque)
Avifauna
No atual período de atividades foram adicionados três novos registros na área do empreendimento, totalizando assim cinquenta e seis espécies de aves catalogadas até o momento.
A armadilha fotográfica instalada na APP mostrou novamente a presença diária de casais de jacuguaçus circulando nas margens do córrego presente na localidade, agora acompanhados por filhotes (Figura 3). Este é um registro que reforça o uso deste fragmento por espécies de aves que dependem da presença de matas para seu refúgio e reprodução. Além do jacuguaçu, as armadilhas fotográficas capturaram imagens de espécies que haviam sido registradas previamente apenas através de vocalização ou observação direta, como o caso do gavião-carijó, sabiá-branco e juriti-pupu, além de obter um registro inédito, que foi a pomba-galega. As novas espécies estão destacadas em cor escura na lista de aves catalogadas na área do empreendimento (tabela 2), e nenhuma delas encontra-se inserida nas publicações das espécies ameaçadas de extinção no Brasil. Dentre as cinquenta e seis espécies citadas, duas (Gnorimopsar chopi e Amazona aestiva) constam na publicação para o Estado de São Paulo como pertencentes a categoria “quase ameaçadas”, o que significa, segundo os critérios adotados por esta publicação: “quando sua avaliação quanto aos critérios da IUCN – International Union for Conservation of Nature – não o qualifica na categoria ameaçado, mas mostra que ele está em vias de integrá-lo em futuro próximo”.
Tabela 2. Lista de aves catalogadas na área do empreendimento
Herpetofauna
Nova incursão noturna foram realizadas, com atividades de busca de fauna até as 23 horas. Esta incursão resultou no registro de quatro novas espécies de anfíbios anuros, que totalizam assim oito espécies com ocorrência nas coleções d’água presentes na APP.
Os meses mais chuvosos e quentes do ano, sobretudo entre os meses de dezembro a março, se configuram no período reprodutivo de grande parte das espécies de anfíbios tropicais, sendo assim a época com a maior densidade de animais e quando se escuta frequentemente suas vocalizações, principal método de encontro e registro das espécies. Abaixo segue imagens de anfíbios feitas nesta campanha seguida da lista de espécies, das quais nenhuma encontra-se inserida nas publicações da fauna brasileira ameaçada de extinção disponíveis
Tabela 3. Lista de anfíbios registrados na área do empreendimento
Legenda: Os táxons em destaque na tabela são as espécies catalogadas no presente período
de atividades
Figura 11. Rhinella ornata
Figura 12. Hypsiboas faber
Preparação da área para recebimento do muro de contenção.
Instalação do sistema de drenagem de águas pluviais
Programa de prevenção a processos erosivos;
Outro programa muito importante e que merece destaque, foi a implantação dos sistemas de drenagem e de proteção dos taludes. Com este sistema agora em funcionamento, as águas das chuvas podem seguir o seu curso normal, ou seja, o riacho que corre na divisa do empreendimento ou infiltra-se de maneira adequada sem causar problemas de erosão.
Plantio de gramíneas nos taludes.
Próximo Passos
- Até dezembro, estarão plantadas nas calçadas as mais de 300 árvores, na grande maioria, nativas da Mata Atlântica;
- O paisagismo com foco ambiental também será implantado, resultando em melhorias substanciais para as pessoas que irão residir nele e para os animais;
- Será implantado o programa de atração de fauna, principalmente o de avifauna (aves);
- Nas áreas próximas ao curso de água existente, serão colocadas grades que permitem a passagem de animais, assim como a troca de sementes de árvores entre as áreas verdes do empreendimento e toda a vegetação hoje protegida do seu entorno;
- Todo o setor onde será implantada a ciclovia, terá paisagismo especial para que os ciclistas possam disfrutar de um ambiente ecologicamente adequado.